sábado, 18 de setembro de 2010

Água Branca terá o maior aquário já visto dentro de um parque da América Latina

Dentro de poucos meses o Parque da Água Branca terá o aquário ampliado, ganhando um espaço subterrâneo com espécies marinhas e ornamentais, pelo menos é isso o que a assessoria do Fundo de Solidariedade está anunciando. Se bem que ainda estão na busca por parcerias, o que poderá retardar a obra até o meio do próximo ano. Aliás, o Parque da Água Branca, cujo nome real é Parque Fernando Costa, está cheio de novidades.
A partir do dia 21 desse mês ele ficará aberto até as 22h. Ganhará uma biblioteca, sinalização, praça de alimentação, entre muitas coisas. Os prédios estão sendo reformados e algumas árvores estão sendo cortadas, devido ao risco de queda. Isso tem levado preocupação a uma grande parte dos antigos frequentadores do parque: “Em ano eleitoral querem fazer tudo o que não foi feito, nosso maior medo é que descaracterizem o parque, gostamos dele assim, rural, não queremos modernizações.” Desabafa cândida Mendes, organizadora da Assamapab (Associação de Ambientalistas e Amigos do Parque da Água Branca).
O ambiente já foi considerado um oásis no meio de tantos prédios. Antigamente havia passarinhos e macaquinhos em gaiolas gigantes construídas ao chão, que foram retirados pelo Ibama. Havia gansos, galinhas e pavões em um ambiente cercado por muros baixos, que depois de alguns anos se espalharam. O mato cresceu e parque ficou descuidado, servindo inclusive de esconderijo para marginais, segundo Júlio Siqueira, diretor de eventos.
O parque foi fundado em 1929 e é administrado pela secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Como a sede Fussesp (Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural) fica no parque, a presidente Deuzeni Goldman, primeira-dama do estado, que também é paisagista, decidiu contribuir para a melhoria dele. A assessoria do Fussesp diz que ela está trabalhando muito para buscar recursos e parcerias para deixá-lo bonito.
Júlio Siqueira conta que ao longo de 10 anos surgiram muitas ideias para melhorias, porém nunca houve verba do governo para a realização e agora que conseguiram, terão de agir até 18 de Dezembro: “Não sabemos se o próximo governador dará continuidade a todas as obras que ainda são projetos, o problema é que ainda há muitos em andamento, esperando por parcerias ou autorização do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).”
O parque é tombado desde 1996, ou seja, por ser um patrimônio histórico não pode sofrer alterações, assim algumas vezes as obras foram interrompidas devido a denúncias, inclusive dia 13 desse mês o Ministério Público suspendeu algumas obras. Deuzeni em entrevista com Mtv Na Rua disse que as obras suspensas logo serão retomadas e que inclusive o Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes) iria levar um laudo comprovando que está tudo legalizado e sem riscos.
Quem procura por informações sobre as mudanças ocorridas no parque, só encontra no local, que conta com três murais informativos e um jornal semanal encontrado no prédio da administração, desde julho. No site do parque não é falado nada sobre o assunto e no site do fundo de solidariedade apenas informam que está havendo obras, sem detalhes. Isso acontece porque publicações sobre o assunto estão proibidas por lei, poderiam ser consideradas propaganda eleitoral. Fator que tem gerado polêmica e levado a indignação de muitos. “Dessa forma as pessoas ficam inseguras. Estou gostando das mudanças feitas e entusiasmado com a ampliação do aquário, porém gostaria de obter informações gerais sobre as obras com mais facilidade, acabei de ler informações no mural porque sou curioso, mas é difícil as pessoas o lerem. Quem vem ao parque quer passear, não ficar lendo murais”, diz Elídio La Lina,78 anos, frequentador assíduo.




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